segunda-feira, fevereiro 25, 2008

This boy I think I like...

Há um tempo atrás eu saí com um menino mais novo. Pela primeira vez na minha vida eu me vi interessada em alguém com menos experiência que eu. Foi muito dificil me livrar dos meus próprios pré-conceitos, e de por mil vezes, ficar imaginando a opinião alheia. A diferença não era tão grande, acho que era magnificada pela minha cabeça neurótica. Foi uma relação easy-going, sem tralha emocional, sem bagagem. As coisas foram fáceis e simples.
Por algum motivo que eu não entendo, eu não levei essa relação muito a sério. Eu não me envolvi muito, nem investi para fazê-la crescer. Eu simplesmente estava ali. Acho que talvez essa postura tenha contribuído para de alguma ela forma acabar. Eu realmente não previ que isso ía acontecer.
Um tempo depois, exatamente hoje, me pego pensando em como era um bom tempo. Sinto saudades. Talvez sozinha. Sinto saudades das coisas mais bobas. Penso com muito carinho. Uma sensação de nostalgia. Uma inocência que talvez não volte.

quarta-feira, fevereiro 20, 2008

Preguiçosa.

Amanhã eu deveria pegar um avião e ir pra sp. Eu to inscrita num congresso que começa sexta feira. Mas eu cancelei o voo e o hotel. To gripada. O congresso não é tão importante. E eu estou num momento casulo. Me fechei no meu mundo. Acho que eu me expus, mais do que eu deveria. Agora eu to cuidando um pouquinho de mim, juntando os pedacinhos que ficaram pelo caminho.

quinta-feira, fevereiro 07, 2008

The hole.

Toda vez que eu emburaco eu venho pra cá. Mais que análise, mais que algum amigo ou amiga, esse é meu cantinho, só meu. Aqui eu choro, choro um monte, e depois respiro mais aliviada.
Assumo que eu fui rejeitada. Não sei exatamente porque é tão dificil lidar com essa situação, não só eu, mas acho que meia humanidade passa por esse problema. Uma questão que eu sempre tento avaliar é se eu to triste pela situação, pela rejeição, pelo orgulho narcísico, ou se eu realmente achava que tinha alguma coisa positiva na história. E dessa vez eu acho que sobrou pouco do meu ego ferido, e muito mais pela possibilidade que se extinguiu, pela porta que se fechou. É tão dificil conhecer algum ser pensante nos dias de hoje. Realmente pensante. E além do pensamento, alguém que te trate bem de verdade.
Uma amiga disse que não acredita mais em paixão, que isso é coisa da adolescência. Que quando nos tornamos adultos, viramos construidores de relacionamentos, e isso vai da dedicação que colocamos nessa relação. Essa teoria é simpática, mas eu ainda não estou nesse lugar. Onde eu estou, eu ainda queria me apaixonar, loucamente, e fazer um monte de besteiras.
É tão difícil chegar a um equilíbrio de o que queremos, e como nos apresentamos para o outro. O meu timming sempre foi meio diferente dos outros, eu sempre fui aquela chata que fica em cima rápido demais. Mas eu sou dessas pessoas que ou gosto e quero mais ou não gosto e chega. Mas as pessoas são enroladas e muitas vezes não sabem o que querem. E essa história de eu ser muito decidida e saber o que eu quero assusta as pessoas. E é sempre assim, quando você fala de uma coisa de verdade, pra valer, os meninos correm e morrem de medo. Engraçado que eu to me treinando pra tentar ser menos eu e mais os outros. Eu to tentando respeitar mais os tempos e vontades alheias, dar mais espaço para as pessoas. E logo quando isso acontece eu ouço o contrário, que eu deveria ter sido mais clara nos meus sentimentos, que eu deveria mostrar interesse.
É tudo meio confuso e triste nesse lugar que eu to agora. Eu não consigo me arrepender de ter dado mais espaço. Eu fico pensando se esse pedido tem sentido, se é uma coisa real. Se partiu de um sentimento real, ou se foi uma desculpa. Eu fico pensando se esse embrião poderia ter virado uma real relationship, e se realmente teria valido a pena esse envolvimento. Se a delicadeza do beijo e a intensidade do abraço teriam se transformado em cuidado e força no dia a dia. Se existiria respeito e carinho. Mas isso tudo é tão vazio e sem sentido agora. Me deprime pensar que tudo virou pó e se foi....